Estudo publicado na revista científica JAMA em novembro de 2024 mostrou que a vacina contra o HPV reduziu em 62% as mortes por câncer de colo de útero em mulheres com menos de 25 anos.
O câncer de colo de útero é o segundo mais frequente entre mulheres em regiões menos desenvolvidas. Além de prevenir o câncer de colo de útero, a vacina contra o HPV é importante pois o vírus pode causar cânceres de vulva, vagina, pênis, ânus e orofaringe.
Vacina HPV4 – Disponível no SUS
A Vacina contra o HPV fornecida pelo Ministério da Saúde do Brasil protege contra 4 sorotipos do vírus. Apesar de sua eficácia, a adesão à vacina no Brasil ainda está abaixo do esperado. Ela está disponível nas unidades de saúde, pelo SUS, para meninas e meninos de 9 a 14 anos.
Além da faixa etária de 9 a 14 anos, possuem indicação de vacinação pelo SUS as pessoas de 9 a 45 anos que se enquadram nos seguintes grupos:
- Conviventes com HIV/AIDS
- Portadores de Erros Inatos da Imunidade
- Pessoas com Doenças Oncológicas em Atividade
- Usuários de Drogas Imunossupressoras
- Candidatos ou transplantados de órgãos sólidos
- Transplantados de medula óssea
- Vítimas de violência sexual
- Usuários de Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) para o HIV
Vacina HPV9 – Disponível na rede particular
A Vacina HPV9 disponível na rede privada está licenciada para todas as pessoas entre 9 e 45 anos. A administração da vacina em homens e mulheres fora da faixa etária prevista em bula — especialmente pessoas com comorbidades associadas a imunocomprometimento e homens que fazem sexo com homens — traz benefícios e deve ser avaliada pelo médico.
Cuidados antes, durante e após a vacinação:
- Antes da vacinação, é preciso questionar a mulher sobre a possibilidade de gravidez. Contudo, se a vacina for aplicada sem que se saiba da gravidez, nenhuma intervenção se faz necessária.
- Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
- Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
- Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
- Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
- Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
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Fonte:
JAMA. 2025;333(2):165-166. doi:10.1001/jama.2024.22169
Sociedade Brasileira de Imunizações: Vacina HPV9
Sociedade Brasileira de Imunizações: Vacina HPV4
Sociedade Brasileira de Imunizações: Calendários de Vacinação Pacientes Especiais